Colaboradores

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Mil cobranças


“Queremos presença e segurança, porém, em vez de estímulos e ajuda, sofremos desde muito cedo mil cobranças: O que vc vai ser? O que vai estudar? Como, fracassou em mais um vestibular? Já transou? Nunca? Treze anos de idade e nunca beijou? E já bebeu? Nem experimentou uma maconhazinha sequer? Ainda agüenta os chatos dos seus pais? Saiba que eles te controlam sob o pretexto de que te amam. Sai dessa! Já tendo que trabalhar? E mais tarde: Quarenta anos e não se casou? Cinquenta e ganha tão pouco? E não tem aquele carro? Nunca esteve naquele resort? Não viu aquele filme, nem assistiu àquele espetáculo?”

Aaahhh deixa disso! Que gente chata que faz isso! E pior que acho que acontece com todo mundo, né? Enfim, a sociedade te faz mil perguntas e quando você não consegue responde-las vem aquele sentimento de frustração. Por que ela cobra e espera tanto de vc? Se não andar no trilho que ela te impõe sofrerás preconceito? Provavelmente e infelizmente sim, e é aí que surgem as tribos. E-QUE- TRIBO? Tribos de marias vão com as outras? Tribos da futilidade?

Hei de concordar com Lya Luft, autora do trecho citado, que a doença da futilidade contamina e se vc não se cuidar irá permitir que os outros te enxerguem naqueles menores detalhes. E cá pra nós: os menores detalhes são aqueles que queremos esconder, são aqueles que queremos que passem imperceptíveis, certo? Certo!

Estou dividindo isso com vcs pq durante a semana passada presenciei justamente essa situação: alguém se permitiu ser analisada em seus mínimos detalhes. O episódio:

Fui a uma reunião (coisa rápida) onde havia somente mulheres (de todas as idades), para decidir assuntos pertinentes a um evento que participarei em dezembro. Num determinado momento, a reunião já havia começado, chegou uma menina-mulher, ma-ra-vi-lho-sa de bonita, que nos chamou muita atenção: ela estava usando um shorte balonê muito, mas muito curto. A atenção não se dava somente pelo shorte mínimo que parecia uma saia, mas também pelo cabelo loiro e cumprido e seus lindos olhos claros. Até aí tudo bem, até pq pessoas assim encontramos em todos os lugares e a toda hora. O problema foi quando ela me abriu a boca e soltou para todos ouvirem: “Gente, eu não sou assim não, tá?”, com aquela vozinha de Barbie mostrando o modelito. Bom, todo mundo riu e eu até brinquei: “aaaahhh vc tem um evento pra ir depois!”. Well, well, well, me parece que era um aniversário, mas não interessa qual era o evento. Essa frase não se assumindo me tocou profundamente (sério mesmo)! Se ela não é assim, quem era ela então naquele momento? Uma atriz que estava vestindo uma fantasia a caminho do teatro? Aposto que todas da companhia teatral estavam usando roupas como aquela (-êêê eu faço parte de uma tribooo).

Bom, pra começo de conversa ninguém perguntou nada a ela e pq sair por aí dando satisfação então? Foi a partir daí que ela foi analisada em seus menores detalhes. E digo mais: isso só foi permitido por conta da futilidade.

"Infantilmente, esperamos que nos entendam. Mais grave ainda: queremos que nos aprovem".

Se vc não conseguir responder essas mil cobranças, não se sinta frustrado. É feio o que vou dizer, mas é verdade: ligue o foda-se e seja feliz. Esse negócio de tribo é coisa pra Pajé.

Um beijo grande, BarbaRove.

Fonte: Livro Múltipla Escolha, Lya Luft.

imagem da web

3 comentários:

  1. Adorei o post...Vamos ser felizes!!!! Hehehe!!!
    Bjs
    Re Romano
    Princesas de Jeans

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  2. Ameeeeei... Pronto falou! Sejamos nós mesmos!
    bjs
    http://voudescarpin.blogspot.com

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  3. Etc.... e um grande TAL!!!!! KKKKKKK!!! Loviu tomate!!!! Euuuu

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